segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sou Umbandista

Venho hoje deixar aqui um texto de Luiza Rocha (rocha_r_lu@hotmail.com) que foi publicado no Jornal de Umbanda Sagrada em Set/2013.

Escolhi este texto especialmente por concordar com ele e achar que ele representa muito do que é o "Ser Umbandista" e para que todos percebam que a intolerância religiosa, infelizmente, é algo que já vem de longa data...

"SOU UMBANDISTA

Eu não sou má. Não prejudico ou seduzo pessoas. Eu não sou perigosa, sou uma pessoa normal como você. Tenho família, emprego, esperanças, sonhos.

Eu não sou parte de um culto.

Minha religião não é uma piada.

Minha religião tem fundamentos baseados no único livro escrito pelo Criador: a NATUREZA.

Não sou o que você acha que sou quando vê na TV reportagens tendendo a denegrir nossa imagem, afinal, o mal está nos olhos de quem vê.

Não sou o que você escuta nos termos perjorativos e maldosos, porque a boca fala daquilo que o coração está cheio.

Não sou o que você assiste ou lê em notícias de pessoas que não sabem do que estão falando, porque da ignorância de muitos nascem fantasmas e somente projeções.

Eu sou real. Tenho razão e emoção.

Sorrio, choro, sou séria.

Tenho senso de humor.

Estudo sobre minha religião incansavelmente.

Sou filha da Lei e, com base no que aprendo, procuro andar nela.

Conheço seus mecanismos e jamais manipularia nada e nem ninguém sem submeter à Lei meu merecimento acerca daquilo que peço.

Você não precisa ter medo de mim.

Sou protegida de Oxalá a Exu.

Exu, sim! Meus guardiões nada tem de demônios.

São amparadores, protetores e sustentadores da minha vida.

E também meus 'puxadores de orelha' quando a resposta está em mim e estou buscando fora, quando preciso corrigir algo para me tornar um ser melhor.

Não quero te converter. E, por favor, não tente me converter.

Sou muito mais parecida com você do que possa imaginar.

Sou uma pessoa que gosta de curtir a vida, fazer amigos, viajar. enfim, viver da melhor forma possível.

Para viver feliz é preciso muito pouco: um olhar carinhoso, um aperto de mãos, um sorriso, um beijo demorado, uma brincadeira sadia.

É imprescindível ter amor e gratidão por tudo e por todos.

Apenas me dê o mesmo direito que lhe dou: viver em paz e professar a minha fé.

O direito de trabalhar em meu benefício, em benefício do meu semelhante por honra e glória do Nosso Criador."

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Entendendo a Umbanda


Características Principais da Umbanda

A Umbanda é um sistema religioso fundamentalmente naturista, isto é, se manifesta através das forças da natureza, assim como com espíritos contemporâneos, ou não, pesando expressivamente em seu exercício as vibrações das Almas.

A Umbanda possui muitas co-irmãs e as pessoas muitas vezes confundem-na com outras religiões que possuem nomenclaturas semelhantes às utilizadas na Umbanda, no entanto a semelhança é meramente aparente e termina aí.

O fato da Umbanda ter como uma de suas raízes a forte influência africanista e cultuar Orixás,gera muita confusão e sobressai a necessidade de apontar limites bem claros.

1. Trabalhamos exclusivamente visando o bem, a caridade e a evolução espiritual de todos.

2. Não temos “feituras de cabeça”, boris, raspagens, camarinhas, roncós, corpo fechado, ebós, orunkô, feitura de santo, bascos, firmo de nação, etc.

3. As sessões obedecem a horários pré-estabelecidos. Não vemos nenhum sentido em sessões madrugadas adentro. Por que não? Simplesmente por ser contraproducente, ninguém consegue manter a “gira firmada” por tanto tempo, as pessoas trabalham, ficam cansadas, e a falta de concentração, ou nível energético dos médiuns tende a cair drasticamente após 3 horas consecutivas de culto. Além do mais a própria assistência começa a ficar desacomodada, desconfortável, gerando vibrações de impaciência e falta de interesse. Tudo isso gera um desacordo energético que acaba por influenciar o bom andamento da gira. É claro que estamos nos referindo às giras ordinárias e não às festivas.

4. O abate de animais (sacrifício) não faz parte, em nenhum momento, de qualquer rito da Umbanda
(aberto ou fechado).

5. No que diz respeito a oferendas aos Orixás, guias, ou entidades menores, ressalto que sou contra o uso excessivo desse recurso como elemento de religação. A oferenda tem sua função específica e determinada. A banalização da mesma influencia negativamente no desenvolvimento do médium e na evolução do espírito (guia ou protetor) que a está recebendo. Aqui você pode estar perguntando como e porque o uso excessivo de oferenda pode atrapalhar a evolução de um espírito e/ou de um médium.

A resposta é simples e como em tudo há sempre dois lados a serem observados:

Na realidade desestimulamos tudo que seja excessivo. No caso das oferendas, existem consequências de ambos os lados, material e espiritual.

Do lado material:

a) O custo dos elementos da oferenda (muitas pessoas chegam a deixar de comer, ou até mesmo, permitem que falte alguma coisa dentro de sua casa para comprar os elementos da oferenda).

b) Estímulo a barganha espiritual, ou seja, o ofertante acredita que oferendando alguma coisa poderá obter privilégios junto a espiritualidade.

c) Estímulo a preguiça espiritual no sentido da evolução, ou seja, o ofertante começa a acreditar que a oferenda substitui o seu empenho em melhorar enquanto pessoa, geralmente com a famosa frase : “Eu cuido do meu santo, já arriei minhas coisinhas”.

Do lado espiritual:

a) Pela pessoa somente se interligar com a espiritualidade através da oferenda, as entidades receptoras começam a pedir cada vez mais oferendas com o intuito de estarem sempre próximas da pessoa, pois sabemos que para que haja aproximação da entidade é necessário que haja sintonia de pensamentos e sentimentos. Quando fazemos uma oferenda, geralmente elevamos a nossa faixa vibracional e nos harmonizamos com a entidade. Isso faz com que comece a haver uma espécie de “vício” ou “ciclo vicioso”, onde entidade e pessoa começam a precisar da oferenda para se comunicarem.

b) Disso surgem pedidos cada vez mais frequentes impedindo a evolução da pessoa e da entidade que começa a ver na oferenda a única forma de contato com a pessoa ofertante. Quanto menos evoluída a entidade e mais apegado a matéria for o médium, mais ambos “precisarão” de oferendas.

Geralmente faço isso por ocasião do dia do Orixá ou entidade em forma de homenagem, pois como disse o nosso mentor, Pai Pery: “Amor, fé, estudo doutrinário e o desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, ofertadas com resignação e humildade”, assim nos dispomos a ser médiuns. E se dispor a ser médium não significa apenas entrar para a corrente de um terreiro e dar incorporação. Mas se colocar a disposição, a serviço da caridade. E sabemos muito bem que não há necessidade da incorporação para que isso ocorra, assim como sabemos também que arriar oferenda não é “cuidar do santo”.

Com tudo isso exposto, esclareço que o uso da oferenda como elemento de atração, religação ou ponto de fixação dependerá da orientação de cada dirigente umbandista. 

Havendo a real necessidade, a oferenda deve ser feita em locais determinados, normalmente junto à natureza ou reinos apropriados. Lembrando sempre de deixar o local limpo como foi encontrado. Sou absolutamente contra, por exemplo, acender velas perto de árvores (risco de incêndio) ou numa pedra (sujeira da cera).

Nós umbandistas amamos a natureza e as suas energias, como podemos sujar os locais sagrados para nós? É no mínimo incoerente. E uma coisa que o umbandista não pode ser é incoerente.

A situação ideal é que todas as oferendas sejam feitas dentro do próprio terreiro em alguma parte destinada para esse fim.

6. A vestimenta básica do trabalhador de Umbanda é toda branca.

7. Não há, sob hipótese alguma, retribuições financeiras por trabalhos executados, consultas, ou o que quer que seja, e nada, absolutamente nada, justifica a cobrança de consulta, mesmo que seja um valor insignificante ou irrisório. Alguns chegam a dizer que é para ajudar na manutenção do Templo, mas afirmo que esta é uma responsabilidade do Dirigente e seu corpo mediúnico.

Existem inúmeras maneiras de se sustentar um terreiro sem que haja necessidade de se cobrar por nada que envolva o sagrado.

8. A ascensão ao sacerdócio na Umbanda se faz através do tempo, da propriedade individual, da constância e seriedade com que o médium se propõe à caridade. Objetivando auxiliar o médium nesta tarefa, são realizados determinados preceitos e obrigações, testes e avaliações. Mas fundamentalmente o trabalho, o tempo, a dedicação e o estudo são a firmeza do médium, pois não adianta fazer uma série de recolhimentos e preceitos se o médium não se entrega à função sacerdotal dentro e fora do terreiro, com responsabilidade e consciência de seu papel.

Fonte: livro Umbanda - Mitos e Realidade

sábado, 15 de fevereiro de 2014

REENCARNAÇÃO E KARMA NA VISÃO DA UMBANDA

Encontrei esse texto na internet e achei interessante compartilhar por aqui. Pesquisei o autor e ele tem alguns blogs bons para informações a respeito do assunto. Acho que vale a pena conferir.



"Tudo no mundo segue um ciclo inevitável: nasce, cresce – vive e morre. Não há como evitar; não há como fugir desse inevitável que cerca todos nós viventes …

A reencarnação é o retorno ao ciclo contínuo de vida-morte-vida. É o sentido que não deixamos de existir após a morte e que uma consciência invisível que habita nossa carne, alma, não perece quando ela apodrece. Assim, reencarnação é simplesmente a volta do espírito a um novo corpo após a morte do corpo anterior que habitava.

Em si, a reencarnação é um conceito fácil e sem problemas de entendimento, o que complica ou o que dificulta sua compreensão não é ela, mas o mecanismo que está por trás dela que condiciona o retorno do espírito a um novo corpo: o kharma ou lei de causa e efeito. Particularmente eu prefiro kharma, pois é um conceito mais abrangente e dinâmico. Já lei de causa e efeito induz a pessoa a achar que o conceito é unidirecial, ou seja, uma causa, um efeito e as coisas não são bem assim, pois podem existir várias causas e vários efeitos e, nem sempre são ruins e, nem sempre são bons.

O conceito de reencarnação e de kharma vieram de muito longe tanto na geografia como no tempo: índia, há uns, mais ou menos, 6.000 anos atrás (ou mais).

Samsara ou retorno ao mundo material ou reencarnação tem origem nos textos védicos, e nas tradições filosóficas e religiosas da Índia védica, este conceito se espalhou para outras regiões do mundo, bem como para outras tradições religiosas ao longo de 6.000 anos.

Nesses 6.000 o que variou de religião para religião que acabou incorporando a reencarnação ou sendo envolvida por ela não foi a idéia de retorno do espírito a um novo corpo, mas o mecanismo que condicional esse retorno que é o kharma. Este sim, tem várias interpretações, variações, negações e visões que acabaram moldando essas religiões, suas doutrinas e a forma de seus fieis encararem a vida material e espiritual.

No hinduismo o kharma constitui as ações realizadas na vida precedente (ações boas e/ou ruins). A existência é um ciclo de nascimento e renascimento, até a libertação definitiva da alma. Para se extinguir os efeitos do kharma, é preciso um número indefinido de vidas (devido à substancial maldade do homem). É fácil entender, nesse sentido, por que o problema da salvação para os hindus é sempre o de libertar-se da transmigração. Por isso, sempre se esforçaram para encontrar muitos métodos para alcançar essa libertação, determinando diversas formas de pensamento e de práticas do hinduísmo que deram origem a diversas correntes (ioga, bhakti, tantrismo, etc).

A Umbanda acredita na reencarnação sem diferenciações de outras religiões reencarnacionistas. Só que, como as outras, sua variação se dá em relação ao kharma.

O kharma na Umbanda também está associado às boas ações e às más, só que sua abrangência está relacionada aos consulentes, aos médiuns e aos guias que incorporam nesses médiuns.

Existe o kharma do médium, como um fato isolado e inerente ao próprio médium; o kharma dos guias, também como um fato isolado e inerente a eles; e existe o kharma relacionado a ambos, em que, tanto os médiuns como os guias partilham esse ou esses kharmas. Os guias podem e agem dentro do ou dos kharmas dos seus médiuns, de acordo com suas possibilidades, os ajudando e até solucionando os problemas khármicos e, por sua vez, os médiuns se dão aos guias como meio para que esses guias possam cumprir com seus kharmas na ajuda às pessoas que necessitam.

No caso do kharma dos consulentes, quem atua nele são os guias que esses consulentes consultam. Existe uma manipulação desse kharma dentro das capacidades da entidade e no que ela pode ou não ajudar ou influenciar.

Disso tudo podemos destacar também uma outra qualidade da visão khármica dentro da Umbanda que é a visão de manipulação, alteração e transformação do kharma por parte dos guias e de sua influência.

Alguns exemplos que podemos dar dessa manipulação são os seguintes:

• quando um guia cura uma pessoa de uma doença grave ele está influenciando no kharma desse indivíduo; • quando um guia quebra um feitiço ou um trabalho de magia negra em que a pessoa estava alucinada ou louca, ele está manipulando o kharma desse indivíduo; • quando um guia aproxima amorosamente duas pessoas, ele está influenciando o kharma desses indivíduos; • quando um guia tira uma pessoa do vício das drogas, esse guia está manipulando o khárma desse indivíduo;

Esses exemplos acima são visíveis e fatos que ocorrem freqüentemente em vários terreiros de Umbanda espalhados por todo Brasil e que acabam influenciando, direta e indiretamente, o processo reencarnatório tanto dos assistenciados como o dos médiuns que servem de “cavalos” para os guias.

Em relação aos guias de Umbanda, o processo reencarnatório está dividido em guias que não irão mais reencarnar e “trocaram”, digamos assim, esse ciclo pelo trabalho de vir como guias e ajudar as pessoas; e, os guias que ainda fazem parte do ciclo, só que seu trabalho dentro da Umbanda é uma forma de alcançar a iluminação ou a evolução como alguns gostam de dizer, para uma nova existência."

Autor: Etiene Sales

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Irmão sol, irmã Lua

São Francisco de Assis é um dos principais nomes que nos leva a refletir sobre a Caridade. Francisco foi um homem que praticava a caridade a partir do respeito e amor ao próximo. E para ele o próximo não era apenas o ser Humano, mas cada ser vivo que o rodeava, cada aspecto da natureza.


Que possamos aprender a ser gratos e humildes como Francisco de Assis, levar o melhor que temos a todos aqueles que necessitarem, repartir o pouco (ou muito) que temos, dar Amor e abraçar com compaixão a nossa missão de Caridade e Fé.

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

domingo, 23 de junho de 2013

Malandragem, por Zé Pelintra

Dentro de cada mulher habita uma mulher maravilhosa, Que nos sustenta, nos alimenta, que é amor, ternura E que criou toda essa terra para a gente abençoar.

Malandro é mulherengo? É sim. Ele não pode ver uma mulher, que ele ajoelha e bate a cabeça. Esse é o mistério da malandragem. O resto é besteira.

Quem está falando aqui, é o chefe de uma grande falange de Zé Pelintra. É o chefe de uma legião de Malandros. Então, eu sei o que estou falando.

Malandro não é traficante de morro. Se tiver traficante de morro como Malandro, Ele já se converteu à Luz. Dá para entender o que estou falando?

Malandro não faz mal a ninguém. A Lei da Malandragem é a lei da alegria de viver. É a lei de poder ajudar dentro da Lei Maior e da Justiça Divina. De modo feliz, alegre, espontâneo. Essa é a Lei da Malandragem.

Então, sou sim. Sou mulherengo. Do lado sagrado, eu sou sim. Toda mulher para mim, é mãe. Toda mulher para mim é linda. Não tem defeito. E os Malandros que são Malandros, sabem do que estou falando. Então, se sintam amadas por um Malandro.

Eu já fui Mestre de Jurema. Eu trabalho em qualquer Linha desta Umbanda Sagrada. Que pra mim, é mãe. E só podia ser mãe, por isso é sagrada.

Quem trouxe esta Linha da Malandragem foi o Zé Pelintra. Para abrigar os milhares de espíritos que se encontravam desequilibrados. No sentido do amor, da paixão.

Eles passaram por um processo de aprendizado. Dentro deles foram tomados pela mãe, pelo sagrado feminino. E servem com toda devoção.

Nosso símbolo é a lua. Eles trabalham de madrugada, sob a luz do luar. A luz do luar é nosso prazer, porque a mãe está olhando para a gente.

Quando firmar para Zé Pelintra e para Malandro, Tenham consciência disto. Eu não tolero qualquer tipo de desrespeito a qualquer mulher. E quando eu vejo, vou em cima e mostro como se respeita uma mulher.

O feminino é o poder.

O masculino só direciona esse poder.

Todo poder divino reside no feminino.

O sagrado masculino dinamiza esse poder.

É profundo, não é?

Deus abençoe, guarde e guie!

Se precisarem de mim, estou à disposição.

Uma vela branca ou vermelha,

Um copo de água ou de pinga.

Ou só o coração de vocês.

Eu vou sempre estar ao lado de vocês para o que der e vier.

Deus abençoe!

Que assim seja!

Salve a Umbanda!

Mensagem transmitida pelo Sr. Zé Pelintra, por meio de seu médium, Marcel Surya, em 21/09/11, quarta feira, desenvolvimento mediúnico, turma 3, gira de Marinheiro, com chamada de Malandro e manifestação do Sr. Zé Pelintra, sustentada por Pai Obaluayê e Mãe Oxum. (Gira dirigida pelo Marcel Surya). (Mensagem transcrita pela Márcia Nunes).

Templo/Escola Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca


sábado, 1 de junho de 2013

Defesa Energética

Vamos abrir o mês de junho com dicas para nos defendermos de nós mesmos, dos nossos próprios medos e obstáculos que construímos sem mesmo perceber. Desconheço o autor do texto.



Defesa Energética


Todos nós sabemos que as energias negativas são uma das maiores preocupações do ser humano. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências. Abaixo segue seis dicas para começar a combatê-las.

1. NÃO TEMER NINGUÉM
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o 
medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais; temer significa falta de fé.
O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.

2. NÃO SINTA CULPA
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido.. Sustente as suas vitórias sempre!

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Em vez de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a “Auto-Obsessão”.
A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos.
“Auto-Obsessão” significa não se gostar, não se apoiar, se autoboicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros.
Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.

5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros.
Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar “incompatibilidade” com as forças do mal. Lembrem-se: energias incompatíveis não se misturam.

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a mente e o coração. Mantenha ambos sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, e fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas.
Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes, músicas e passatempos de baixo nível.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

"Saudade é o amor que fica"

Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Indaguei:

— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.

Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.

Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

Paz e luz a todos _/\_