Eu vivia uma época incrédula. Buscava desafiar Deus. Eu odiava Deus ou tentava odiar. Caminhava em uma noite fria de um sábado de julho. A rua estava deserta, até que vi do outro lado da calçada ainda distante, um homem com uma carga energética baixíssima. Sentia que ele tinha ódio e buscava alguma vítima. A rua era bem mal iluminada e no momento eu iria passar por um dos poucos focos de claridade, até então ter que caminhar por uma penumbra por alguns metros.
Foi quando pedi em oração para que Deus me protegesse e enquanto, apavorado, fazia a oração, a luz do poste queima. Pronto, eu estava na penumbra completa. Caminhei com pernas trêmulas e o homem continuou do lado de lá.
Cheguei em casa bufando com raiva de Deus. Ele novamente havia me provado que se existisse, era um humorista, pois no momento que eu pedia sua Luz divina, ele me apaga a última luz da rua...
Anos se passaram e eu fui amadurecendo, mas este fato havia sido marcante. De forma bem negativa. Sempre que podia contava para ateus e incrédulos e todos concordavam comigo. Até que recentemente, tive o prazer de conversar com uma entidade evoluída e depois de algumas perguntas minhas, ele respondeu trazendo este fato. Logo questionei-o em tom de desafio:
-Cadê Deus na hora que precisei?
-“Mais próximo que você imagina. Você intuiu bem. Aquele homem queria roubar e estava pronto para matar o próximo que passasse em sua frente. Se não fosse seu anjo Guardião e apagasse a luz do poste, ele poderia ter te visto. Mas na penumbra, ele não te localizou...”
E eu em lágrimas, acenei com a cabeça aturdido e maravilhado. E de lá pra cá, minha confiança na Lei de amor só cresce!