quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

As 7 lágrimas de um preto velho



Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas deciam-lhe pelas faces, não sei porque contei-as...foram sete.
Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. Fala meu Preto Velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?
E ele, suavemente respondeu:

- Estás vendo esta multidão que entra e saí? As lágrimas contadas estão distribuidas a cada uma dela.
- A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para sairem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
- A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando prejudicar aos seus semelhantes.
- A quarta, aos frios e calculista que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão.
- A quinta, aos que chegam suave, com risos, o elogio na flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: "Creio na Umbanda, nos teus cabocolos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso ou me curarem disso ou daquilo."
- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
- A sétima, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada: Foi a última lágrima, aquela que vive nos "olhos" de todos os Orixás. Fiz a doação dessas aos médiuns vaidosos, que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma as sete lágrimas de Preto Velho.
Texto retirado do blog: Cabocla Jurema de Oxalá

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Uma breve oração a nossa Mãezinha!




Protege Mãezinha, protege seus filhos que estão aqui na súplica. Nesta terra de viventes, nesta terra de expiação.
Ajuda Mãezinha esse povo sofrido a entender os designos de nosso Pai, a entender que o caminho certo é o caminho do aprendizado e não o mais fácil.
Nos ilumine com seu amor, Mãezinha, nas ondas da praia, nos fundos dos mares.
Sei que onde estou, está a me olhar,
Ó minha mãe querida, Minha doce Iemanjá!
Cuide de seus filhos que aqui jogam a rede atrás de valores.
Cuide daqueles wque chorampor se verem desesperados.
cuide de todos nós, Rainha do Mar!
Que as crianças e sereias nos trgam sua visita, iluminando ainda mias o dia que está pra chegar!