Venho hoje deixar aqui um texto de Luiza Rocha (rocha_r_lu@hotmail.com) que foi publicado no Jornal de Umbanda Sagrada em Set/2013.
Escolhi este texto especialmente por concordar com ele e achar que ele representa muito do que é o "Ser Umbandista" e para que todos percebam que a intolerância religiosa, infelizmente, é algo que já vem de longa data...
"SOU UMBANDISTA
Eu não sou má. Não prejudico ou seduzo pessoas. Eu não sou perigosa, sou uma pessoa normal como você. Tenho família, emprego, esperanças, sonhos.
Eu não sou parte de um culto.
Minha religião não é uma piada.
Minha religião tem fundamentos baseados no único livro escrito pelo Criador: a NATUREZA.
Não sou o que você acha que sou quando vê na TV reportagens tendendo a denegrir nossa imagem, afinal, o mal está nos olhos de quem vê.
Não sou o que você escuta nos termos perjorativos e maldosos, porque a boca fala daquilo que o coração está cheio.
Não sou o que você assiste ou lê em notícias de pessoas que não sabem do que estão falando, porque da ignorância de muitos nascem fantasmas e somente projeções.
Eu sou real. Tenho razão e emoção.
Sorrio, choro, sou séria.
Tenho senso de humor.
Estudo sobre minha religião incansavelmente.
Sou filha da Lei e, com base no que aprendo, procuro andar nela.
Conheço seus mecanismos e jamais manipularia nada e nem ninguém sem submeter à Lei meu merecimento acerca daquilo que peço.
Você não precisa ter medo de mim.
Sou protegida de Oxalá a Exu.
Exu, sim! Meus guardiões nada tem de demônios.
São amparadores, protetores e sustentadores da minha vida.
E também meus 'puxadores de orelha' quando a resposta está em mim e estou buscando fora, quando preciso corrigir algo para me tornar um ser melhor.
Não quero te converter. E, por favor, não tente me converter.
Sou muito mais parecida com você do que possa imaginar.
Sou uma pessoa que gosta de curtir a vida, fazer amigos, viajar. enfim, viver da melhor forma possível.
Para viver feliz é preciso muito pouco: um olhar carinhoso, um aperto de mãos, um sorriso, um beijo demorado, uma brincadeira sadia.
É imprescindível ter amor e gratidão por tudo e por todos.
Apenas me dê o mesmo direito que lhe dou: viver em paz e professar a minha fé.
O direito de trabalhar em meu benefício, em benefício do meu semelhante por honra e glória do Nosso Criador."
segunda-feira, 22 de junho de 2015
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